segunda-feira, 29 de abril de 2013

Daí e dar-se-vos-á


A forma do crente ofertar é totalmente diferente da forma do não crente. O crente dá; o não crente pensa
em  acumular. O cristão dá, oferta e abençoa outras pessoas e por isso recebe de DEUS sem ter que ficar 
correndo atrás de dinheiro desesperadamente!
O SENHOR DIZ: Os pássaros não passam fome e os lírios do campo vestem lindas roupas.
Se houver necessidade, deve haver um vazamento em algum lugar. Vejamos algumas passagens bíblicas que nos deixa muito claro esse assunto. 

O Princípio Cristão
“Dai e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” Lc 6:38. Como crentes, esperamos em Deus todo o nosso suprimento, mesmo os que são ricos. Paulo nos exorta a não colocarmos nossa esperança na incerteza das riquezas (I Tim. 6: 7-10 e 17-19). Só os que confiam no Senhor, mesmo não tendo economias, não passarão falta. Mas existe uma condição para experimentar isso. Aquele que chega ao ponto de privação, não administrou seu dinheiro de acordo com o princípio de Deus. Se seguirmos a lei do gastar, naturalmente cairemos na pobreza. Deus pode nos suprir ricamente; nunca pense que Ele é pobre. Tudo no mundo é dEle. Mas precisamos preencher esta condição “dai e dar-se-vos-á!”.

O receber é medido pelo dar
Tenho visto irmãos em crises financeiras e a dificuldade não está no ganhar pouco e sim no dar pouco. Aquele que pensa em si é pobre; o que dá é rico. Para evitarmos a pobreza precisamos dar! Quanto mais dermos, mais Deus vai nos dar (é bom lembrar que não se trata de barganha com Deus! Sou movido a dar, mesmo que não receba de volta o que dei). Devemos dar porque sabemos que temos bastante na poupança? De modo nenhum! Deus nos tratará da mesma forma que tratamos nossos irmãos. Se dermos tudo a eles, eles nos darão tudo! Se ganhamos pouco é porque ofertamos pouco! O ensino da Palavra é: “Dai e dar-se-vos-á !” Dê e o Senhor dará a você; se não dermos aos outros, Deus não terá obrigação de nos dar. Muitos têm fé para pedir dinheiro a Deus, mas não tem fé para dar ofertas aos outros. Os novos crentes devem aprender essa lição logo. Aprendam isso: vocês devem dar da forma como gostariam de receber! Na verdade Deus Se compromete a suprir apenas um tipo de pessoa: as que estão dispostas a dar. Os termos em Lucas 6:38 são maravilhosos: boa medida. Quando Deus dá, ele nunca faz cálculos. Ele dá abundantemente! Seu cálice transborda: boa medida, recalcada, sacudida, transbordante! Não esqueça: “com a medida com que medirdes vos medirão a vós.”

A História do Dr. Moule
Handley C. G. Moule da Inglaterra foi o editor da revista Vida e Fé. Conhecia muito bem a Bíblia e vivia pela Fé. Foi provado muitas vezes mas conhecia Lucas 6:38. Sempre que havia falta de algo, ele dizia à esposa que havia algo errado com eles na questão do dar. Nunca considerava o quanto haviam dado, mas apenas onde podiam estar errando no deixar de dar. Uma vez ficaram reduzidos a quase nada. A farinha acabou de todo.Esperou dois dias e nada chegou. Ele e a esposa começaram a procurar o que estava sobrando na casa, que impedia o Senhor de dar mais. Descobriram que tinham manteiga além do necessário. Já eram idosos nesta época. Cortaram a manteiga em pedacinhos e enviaram aos irmãos mais pobres. Ajoelharam e disseram: “Senhor, queremos apenas lembrar ao Senhor as Tuas palavras: “dai e dar-se-vos-á”. Entre os que receberam a manteiga havia uma irmã idosa que comia pão há vários dias sem manteiga. Ele havia orado: “Senhor, envia-me um pouco de manteiga” e logo depois o sr. Moule levou a manteiga a ela, sem saber da sua oração. Ao orar ela disse: “Embora nosso irmão não tenha falta de nada, pois me trouxe essa manteiga, se houver alguma necessidade, dê a ele, Senhor”. O irmão Moule não deixava ninguém conhecer sua necessidade e muitos imaginavam que ele era um homem rico, pois estava sempre ofertando aos outros! Mas a irmã orou por ele e dentro de duas horas ele recebeu duas sacolas com farinha.

A História de Watchman Nee
“Vou falar a minha primeira experiência. Foi em 1923 (20 anos de idade). Fui convidado para pregar o evangelho em uma cidade, distante 180 km de onde eu morava. A viagem ficava em 70 ou 80 dólares de barco. Pedi direitinho ao Senhor e ele começou a chegar: 20 dólares e cento e poucos daimes. Era um terço da passagem mas resolvi viajar assim mesmo. Na quinta-feira de manhã, um dia antes da viagem, fui impressionado pelas palavras “dai e dar-se-vos-á”. Fiquei um pouco conturbado em meu coração por causa da viagem. Mas a impressão ficou mais forte e senti que devia dar os 20 dólares e guardar os centavos. A quem devo dar? Orei e saí esperando encontrar um irmão que tinha família e tinha necessidades. De repente estava diante dele e lhe entreguei o dinheiro dizendo: “Irmão, o Senhor quer que eu lhe dê esta quantia.” Depois de andar alguns metros as lágrimas rolaram dos meus olhos. Eu disse: “Senhor, já avisei que iria pregar. O que farei agora?”. Chegou a vez do Senhor suprir. Fui pegar o barco e saí pela primeira vez da minha cidade. Orei até adormecer no barco. No mesmo dia mudei de barco e andei de um lado para outro, pensando que isso podia ajudar o Senhor. Mas meu coração dizia que se dei, o senhor me daria! O barco chegaria em Sueicou às 5 da tarde e teria que fazer a última parte da viagem que era mais cara. Tinha apenas uns 70 daimes de resto. Pensei em voltar, mas dentro de mim uma voz dizia: “Por que você não pede uma viagem menos cara?” Fiz isso. Ao aproximar do barco o responsável me perguntou se eu ia para determinada cidade. Respondi que sim. Ele disse que me levaria por 70 daimes. Eu tinha 80! A viagem já havia sido paga aquele homem pelo governo local e o meu pagamento seria ganho extra!

Chegou a hora de voltar. Três dias antes da viagem um missionário me convidou para almoçar e me disse que gostaria de pagar minha viagem de volta. Eu respondi que já tinha Um responsável por mim. Ele me pediu desculpas. Quando voltei ao meu quarto me lamentei pelo que havia feito, mas tinha descanso no coração. No dia da viagem só tinha 2 daimes no bolso. Minha bagagem foi enviada para o barco e eu orava o tempo todo: “Senhor, Tu me trouxeste; És responsável por mim”. A meio caminho do barco o missionário amigo me enviou uma carta dizendo: “Sei que alguém responsabiliza-se por você, mas Deus me mostrou que eu devia participar da sua visita aqui. Permita que seu irmão possa ter uma pequena parte?” Agradeci ao Senhor e além de pagar a viagem de volta, ainda deu para imprimir um número da revista Reavivamento. Chegando em casa encontrei com a esposa do irmão a quem dera o dinheiro. Ela disse: ‘Irmão, estávamos orando há três dias porque não tínhamos nem alimento nem combustível.' Não disse nada a ela sobre minha viagem, mas fiquei pensando comigo mesmo: ‘Se tivesse guardado os 20 dólares, teriam ficado inúteis; mas ao dá-los, quão úteis se tornaram.' Aquele que dá é que recebe!

A forma do cristão administrar suas finanças não é segurando firmemente o dinheiro em suas mãos. Quanto mais seguramos, mais fatal ele se torna. Tal dinheiro será inútil; derreterá como gelo. Somente dando é que o dinheiro é aumentado. Segurar o dinheiro produz pobreza.

Semeando para Deus
“E isto afirmo: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará” (II Co. 9:6). Isso se relaciona com as finanças do cristão. Não se trata de jogar fora e sim de semear. Como podemos colher se não semeamos? Muitas orações por suprimento não são ouvidas porque somos duros e queremos colher onde não semeamos! Semeia para seus irmãos e irmãos em dificuldade! Paulo está falando de enviar dinheiro para os irmãos pobres em Jerusalém. Muitos comem tudo o que ganham. Semeia um pouco e no próximo ano você terá o dobro.

Entregando ao Senhor
A palavra de Deus é muito clara no Antigo Testamento: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro... e fazei prova de mim, diz o Senhor ” (Ml 3:10). O povo de Israel estava em grande pobreza nessa ocasião porque não deram ao Senhor. Se com 100 reais já é difícil, como será com 80? Esse é o raciocínio humano; mas “para os homens isso é impossível, mas com Deus tudo é possível ” ( Mt 19:26). O motivo da pobreza é os 100 reais e não os 80. Se entregamos a Deus, entramos na benção.

Espalhando para Deus
“Um dá liberalmente e se torna mais rico; outro retém mais do que é justo e se empobrece” (Pv 11:24) Muitos não espalham e por isso nada sobra. Mas os que espalham se tornam ricos diante de Deus.

Gastando para Deus
Quando Elias orou pedindo chuva, a nação estava sofrendo grande seca. Mas quando Elias ofereceu um sacrifício e pediu chuva, ele ordenou que derramassem água sobre o holocausto. A água era preciosa, mas Elias fez com que derramassem três vezes sobre o sacrifício, até a vala ao redor do altar ficar cheia de água. Não havia chovido ainda; não era um desperdício? Mas Deus enviou a chuva. Você quer a chuva do céu? Então derrame sua água primeiro.

Eis o problema de muitos: o apego ao que possuem. Depois querem que Deus os ouça. Sempre reservam um pouco para o caso de Deus não responder. Não, devemos gastar o que temos. Isso se aplica ao dinheiro. Os novos crentes (e os mais antigos) devem aprender a se livrar do poder de Mamom. Coloquemos tudo no altar.

O Suprimento de Deus
“E o meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as Suas riquezas em glória em Cristo Jesus” (Fl 4:19). Os de Corinto eram limitados no dar, mas os Filipenses eram generosos. Uma e outra vez eles supriram o Apóstolo Paulo; agora Paulo diz que Deus vai supri-los ricamente. Muitos tentam aplicar este versículo mas esquecem que Deus supre os doadores e não os que apenas pedem! Quando sua panela estiver quase vazia e a botija faltando azeite, lembre-se de fazer um bolo para Elias, o profeta de Deus. Aí o seu pouco durará três anos e seis meses. Quem já ouviu falar de tal coisa? Isso não dá para uma refeição, mas se for dado a Deus primeiro, sua vida poderá ser sustentada por esse pouco.


A PRÁTICA CRISTÃ É DAR
O Antigo e o Novo Testamento enfatizam a mesma coisa. Existe pobreza em nosso meio? A razão pode ser o apego ao que temos. Quanto mais nos amamos, mais fome teremos. Se a questão do dinheiro não for resolvida, nada será resolvido. Qualquer que considera o dinheiro como algo grande, está próximo da pobreza. Posso não ter condições de testemunhar de outras coisas, mas dessa eu posso: quanto mais seguramos o dinheiro, mais pobres nos tornamos. Vamos soltar o dinheiro, permitindo que ele realize milagres para Deus.

O gado nas montanhas e as ovelhas nos campos, pertencem a Deus. Quem é tolo em pensar que pode ser dono disso? Que o dinheiro da igreja seja vivo. Coloquemo-nos na Palavra de Deus, senão ele não terá como realizar Sua Palavra em nós. Vamos entregar e oferecermos primeiro ao Senhor de forma fiel, com honestidade, sem reservas, sem mentiras, vivendo realmente todos os princípios que Ele nos ensina, pagar todas as dívidas pendentes para que Deus possa honrar nossas vidas sem nos envergonhar diante dos inimigos. E depois nos desapegar do dinheiro para que Ele possa nos dar sem medidas e com muitas outras bençãos juntas!

                            Renata J. Mattiello